O ceratocone é uma doença da córnea, superfície transparente que recobre o olho. As pessoas que apresentam ceratocone possuem uma alteração que faz com que o tecido corneano fique mais maleável. Por ser mais maleável, a córnea não consegue manter sua forma esférica, começando a ficar puntiforme, com o formato de cone, que pode fazer com que a visão diminua.
Apesar de já poder ser detectado na infância, em
cerca de 80% dos casos, é mais comum que o ceratocone seja percebido na segunda década de vida, e pode afetar a vida dos pacientes em diferentes níveis de intensidade. “Às vezes, o indivíduo apresenta alguns sintomas estranhos, mas que passam com o tempo, sem que ele tenha conhecimento de que tem a doença. E em outras vezes, vai evoluir gravemente e exigir tratamentos mais intensos”, explicou Dr. Wallace Chamon.
Existem dois fatores que propiciam o aparecimento da doença: o genético e o ambiental. Apesar do fato hereditário, o paciente que apresentar o ceratocone pode ter filhos que não apresentarão. “Ter uma característica genética significa dizer que uma pessoa que tem na família um caso de ceratocone possui mais chances de desenvolver a doença do que uma pessoa que não tem. Os números
são muito relativos, por isso, é impossível prever ou evitar”, explicou o oftalmologista. Dr. Chamon enfatizou ainda que hábitos como assistir televisão, usar muito o computador ou jogar vídeo game não causam, nem agravam quadros de ceratocone.
A melhor maneira de evitar a progressão da doença é não esfregar os olhos. Mesmo uma pessoa que não tenha ceratocone, pode acabar desenvolvendo a doença, devido ao hábito de coçar os olhos e, para alguém que já tenha a doença, é
ainda pior: pode aumentar sua progressão.
“A grande maioria das pessoas, portadoras de ceratocone – cerca
de 80% -, tem alergia, o que faz com que elas tenham o hábito de coçar os olhos. Por isso, é tão importante evitar esse hábito.”
Fonte:Revista Veja Bem